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POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

EDWIN MARKHAM

( U. S. A. )

 

Foto e fotografia de: https://www.britannica.com/biography/Edwin-Markham

 

Edwin Markham , nome original Charles Edward Anson Markham , (nascido em 23 de abril de 1852, Oregon City , Oregon, EUA—falecido em 7 de março de 1940, Nova York), poeta e conferencista americano, mais conhecido por seu poema de protesto social , "O Homem da Enxada".

Filho mais novo de pais pioneiros, Markham cresceu em um rancho isolado nas colinas de Suisun, no centro da Califórnia. Após a formatura da faculdade, ele se tornou primeiro professor e depois administrador escolar. Em 1899 ganhou fama nacional com a publicação no San Francisco Examiner de "TheHomem com a enxada. " Inspirado porNa pintura de Jean-François Millet , Markham fez do camponês francês o símbolo das classes exploradas em todo o mundo. Seu sucesso permitiu que Markham se dedicasse a escrever e dar palestras - nas quais ele se preocupava com problemas sociais e industriais, bem como poéticos.

Edwin Markham, original name Charles Edward Anson Markham, (born April 23, 1852, Oregon City, Ore., U.S.—died March 7, 1940, New York City), American poet and lecturer, best-known for his poem of social protest, "The Man with the Hoe."
The youngest son of pioneer parents, Markham grew up on an isolated valley ranch in the Suisun hills in central California. After graduation from college, he became first a teacher and then a school administrator. In 1899 he gained national fame with the publication in the San Francisco Examiner of "The 
Man with the Hoe." Inspired by Jean-François Millet's painting, Markham made the French peasant the symbol of the exploited classes throughout the world. Its success enabled Markham to devote himself to writing and lecturing—in which he concerned himself with social and industrial, as well as poetic, problems.

TEXT IN ENGLISH – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

MARQUES, Oswaldino.  Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos.   Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955;  300 p.
                                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

THE MAN WITH THE HOE
(
Written after seeing Millet´s world-famous painting.)

God made man in His own image:
in the image of GOd made He him.

                                                          Gen. 1, 27.

Bowed by the weight of centuries he leans
Upon his hoe and gazes on the ground,
The emptiness of ages in his face,
And on his back the burden of the world.
Who made him dead to rapture and despair,
A thing that grieve not and that never hopes,
Stolid and stunned , a brother to the ox?
Who loosened and let down this brutal jaw?
Whose was the hand that slated back thsi brow?
Whose breath blew out the light within this brain?

In this the Thing athe Lord God made and gave
To have dominion over sea and land;
To trace the stars and search the heavens for power,
To feel the passion of Eternity?
Is this the dream He dreamed who shaped the suns
And marked their wayss upon the ancient deep?
Down all the caverns of Hell to their last gulf
There is no shape more terrible than the this —
More tongued with censure of the world´s blind greed —
More filed with signs and portent for the souls —
More packed with danger to the universe.

What gulfs between him and the seraphim?
Slave of the wheel of labor, what to him
Are Plato and the swing of Pleiades?
What the long reaches of the peackes of songs,
The rift of dawn, the  reddening of the rose?
Through this sdread shape the suffering ages lock;
Time´s tragedy is in that aching stoops;
Through this dreaa shape humanity betrayed,
Plundered profaned, and disinherited,
Cries protest to the Judges of the World,
A protest tha i salso prophecy.

O master, lords and rulers in all lands,
In this monstruous thing distorted and soul-quenched?
How will you ever straighten up this shape?
Touch it again with immortality;
Give back the upward looking and the lighst;
Rebuild in it the music and the dream;
Make right the imemorial infamies,
Perfidious wrongs, immedicable woes?

O masters, lords and rulers in all lands,
How will the future reckon witha this Man?
How answer his brute question in that hour
When whirlwinds of rebellin shake all shores?
How will it be with kingdoms and with kings —
Witha those who shaped him to the thing he is —
When this dumb Terror sall rise to judge the world,
After the silence of the centuries?

TEXTO EM PORTUGUÊS
Trad, de Breno Silveira

 

O HOMEM COM A ENXADA
(
Escrito depois de ver o quadro mundialmente
famoo de Millet)

Deus fez o homenm a Sua semelhança;
Ele o criou a Sua própria imagem.
Gênesis

Curvado ao peso dos séculos, ele se apoia
Sobre a enxada, fitando, absorvido, a terra.
O vazio das idades se estampa em seu rosto,
Aos ombros sustém o fardo do mundo.
Quem nele sufocou a veemência e a cólera
E máquina o tornou, impassível e sem fé,
Bronco e apalermado, irmão gêmeo dos bois?
Quem nas juntas moveu esta informe maxila?
Que mão afeiçoou esta fronte fugidia?
Que fôlego extinguiu o clarão desta menta?

É esta a criatura engendrada por Deus
Para domínio ter sobre as águas e as terras
E no encalço de estrelas audaz aventurar-se
Para devassar os céus e suas forças captar?
Para sentir, num rapto, a própria Eternidade?
É este o sonho d´Aquele que do nada tirou
Os sóis, e órbitas lhes fixou no pristino céu?
Do patamar do inferno ao derradeiro vórtice
Nenhuma visão há mais terrível do que esta,
Mais injuriada pela cobiça humana,
Mais cheia de sinais e presságios para a alma,
Mais plena de ameaças para o mundo inteiro.

Que de abismos se rasgam entre homem e os anjos!
Que vale a este cativo a forcejar no eito
A glória de Platão ou o frêmito dos Plêiades?
A altura estonteante dos picos da poesia,
As franjas da aurora, o rubor das rosas?
Por este vulto grave as eras sofredoras
Espreita, e a labutar curvado sobre o chão
Ele se erige em símbolos da tragédia dos tempos.
Por estes lábios irados a humanidade traída,
O homem espoliado, deserdado e oprimido,
Clama, a plena voz, aos Juizes do Mundo
Num protesto que é também profética mensagem.

Ó monarcas, senhores e potentados da terra,
A obra de vossas mãos que a Deus ofereceis
É este ser monstruoso de alma  enrijecida?
Quando ireis devolver o garbo a este corpo;
Tocá-lo novamente de imortalidade;
Restituir-lhe a luz e seus olhos alçar;
Nele reanimar a música e o sonho;
Reabilitá-lo das tradicionais infâmias,
Dos pérfidos ultrajes, das fatais desgraças?


 

 

 
 
 
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